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terça-feira, janeiro 24, 2006
era uma vez...
era uma vez um conceito parecido com este, nascido e criado em almeirim com algumas pessoas em comum a este novo projecto. realizaram-se de facto algumas iniciativas, até, devo dizer com algum sucesso, mas sempre com a pequenez do desenrasca. é que na realidade para nos levarem a sério e realizar-se eventos dignos das nossas grandes e criativas capacidades, temos que entender efectivamente que na base de qualquer organização colectiva está uma organização que tem de funcionar, senão quem dá a cara por ela passa a vida a solucionar as trapalhices daqueles que não respeitam o colectivo. no meio de tantos egos o mais dificil de gerir é o colectivo. todos se acham os únicos e vão actuar em prole de sua beneficiência e não do colectivo. isto não é um conselho é sim a realidade dos factos. e é indignante não pegarem numa estrutura já existente exactamente por esse egocentrismo.
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1 comentário:
Pois, mas a ideia base começa por ter a ver com música e músicos, excluidos constantemente das "culturas" e sucessivamente anexados à amorfa condição de simples "jovens" que fazem "uns barulhos".
Quando introduzi esta ideia da cooperativa a minha intenção foi, claramente, fazer uma "empresa" capaz de gerar capacidade financeira para promover os músicos e as bandas e criar, logo à partida, autonomia para sobreviver à tentativa de aproveitamento politico a que estas coisas são sujeitas.
A ideia inicial para mim é promover o trabalho que se faz por aqui, as pessoas que o fazem e colocar tudo isso no Mapa. Se alguns dos que intervenham no projecto chegarem à profissionalização ou ao reconhecimneto público é sinal que o conceito resulta.
Esta ideia mais abrangente de abarcar outras áreas surgiu depois, na discussão, que está aberta e apenas começada. Não me causa qualquer transtorno recuperar parte do conceito e até o próprio nome do Paralelo 39. Aliás acho que a tua participação, assim como a de todos os que estiveram nesse projecto pode ser muito relevante.
Mas, para mim, só faz sentido começar isto num formato "impermeável", provavelmente esta opinião é fruto do que eu observei na vossa experiência anterior e que comprovou o que eu já pensava na altura.
Neste momento a questão fundamental para mim passa por criar condições para uma discussão profunda e ao mesmo uma base sustentada (a maior possível) nas pessoas que queiram aderir sem que isso implique sequer um compromisso que vá para além da associação.
Assim, este projecto (e isto continua a ser apenas uma opinião minha) é provavelmente um pouco "elitista" e tem fundamentalmente a ver com os problemas de afirmação e espaço para os criadores (musicos, performers, artistas plasticos) da nossa zona que são muitos e têm uma tremenda dificuldade em ser "vistos". A ideia é que se fizermos uma montanha de pessoas e gritarmos todos ao mesmo tempo, acabam por dar por nós.
Sobre o Paralelo 39 eu tinha uma opinião completamente diferente e senti que deveria ser muito mais virado para uma intervenção crítica, para um universo local e com um espirito abnegado.
Assumo que a minha ideia para a Cooperativa não procura disfarçar a intenção de Promover os que nela participarem, pelo contrário.
Atende a uma coisa, sempre achei que o teu papel no Paralelo 39 era sincero e abnegado, não acho o mesmo de todos os que estavam no projecto.
O projecto que procuro que comece não tem a ver com a intervenção artística, tem a ver com as condições dos artistas para fazer as suas intervenções.
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